Edgar Alves da Silva, de 53 anos, é acusado de matar, esquartejar e jogar o corpo de sua mulher no Rio Paraíba. A decisão de levar o acusado a júri popular, 14 anos após o crime, atende pedido do Ministério Público que pediu a suspensão da primeira sentença contra Silva, em 2007, que condenou o réu a 11 anos de prisão. Atualmente, o réu responde pelo crime em liberdade e continua morando com os filhos em Jacareí. Segundo a legislação brasileira, o júri popular está previsto para quatro crimes dolosos contra a vida: homicídio, auxílio-suicídio, infanticídio e aborto.
Crime Segundo os autos do processo, Silva e a bancária Magali Normândia Silva, então com 29 anos, passavam por uma crise. No dia 30 de setembro, data do crime, eles tiveram uma discussão pela manhã quando Edgard acusou a mulher de traição. Após a briga, ele matou e esquartejou o corpo de Magali, com quem ele tem um filho. Após cometer o crime, o acusado limpou a casa e colocou o corpo em um tambor. Horas depois de matar a bancária, Edgard pediu o carro de um amigo para transportar o corpo e jogar no Rio Paraíba. Ele teria alegado que precisava transportar pedras e que estava sem dinheiro para pagar um carreto. No dia seguinte ao crime, ele teria ido até a delegacia comunicar o desaparecimento da vítima. Após as investigações, a polícia descobriu que ele tinha sido o autor do crime. Edgard foi detido na noite em que o corpo estava sendo velado. Apesar disso, não chegou a ficar preso pelo crime. Em depoimento, ele confessou o homicídio. O acusado foi denunciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Desentendimentos No processo, o acusado diz que a mulher o traía com outro homem. Mas de acordo com a família de Magali, o principal motivo de brigas entre o casal era com relação ao trabalho da bancária. Edgard era contra o fato da mulher trabalhar. A mulher havia decidido trabalhar depois que teve o filho com Edgard. Segundo a família, ela reclamava que o marido controlava muito o dinheiro e ela queria dar mais presentes ao filho. "Ela lutava muito pelo filho e queria dar as coisas para ele, mas era barrada pelo controle que o Edgard fazia. Foi aí que ela decidiu trabalhar e as brigas começaram", afirmou. Depois de 14 anos do crime, a família ainda lembra do jeito alegre de Magali e espera que o júri condene o acusado.
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