Jacareí Eleições 2012: Servidores garante licença remunerada

Pelo menos 52 servidores de carreira das três maiores prefeituras da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte pediram licenças de seus cargos para disputar as eleições municipais deste ano.
A licença, exercida durante três meses (entre 6 de julho e 7 de outubro), é remunerada --durante o afastamento, o candidato continua recebendo os seus salários integralmente.
A Prefeitura de Jacareí é que mais precisou afastar funcionários: 25, ao todo.
Em Taubaté, foram 16 licenças concedidas a servidores que buscam uma cadeira na Câmara.
A Prefeitura de São José não divulgou quantos servidores pediram afastamento. 
Entre os 459 candidatos a vereador na cidade, porém, 11 declaram à Justiça Eleitoral ser servidores públicos. O número, contudo, pode ser maior, já que o candidato pode optar por informar outra profissão, caso possua.
Para ter direito ao afastamento remunerado, o funcionário público precisa registrar sua candidatura. A legislação exige que o mesmo se afaste do seu cargo três meses antes da data do pleito.
Imoral.  É comum visualizar, a cada eleição, servidores que se utilizam da “brecha na lei”, conforme define a especialista em Gestão Pública Marilsa Tadeucci, apenas para gozar da licença.
“A gente pressupõe que o servidor sempre tem ética, até pela natureza do serviço que presta, mas, como em todos os lugares, temos os espertinhos, aqueles que saem para lançar uma candidatura vazia ou para apoiar outro candidato”, disse.
“Tínhamos que acompanhar cada eleição, ver se o servidor é candidato, se tem votos", acrescentou. 
Para o candidato Fabrício Peres (PSD), de Taubaté, há um risco a quem se aventura. 
“Cada funcionário que se dispõe a concorrer corre o risco de receber represálias após as eleições. Antes de ser candidato já fui vítima de um caso assim”.