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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Grávida é presa por não pagar pensão alimentícia ao ex-marido


Na semana em que se comemora o Dia das Mães, uma notícia que chama a atenção: uma mulher de 20 anos, que está grávida de nove meses, foi presa em Taubaté. A mulher foi solta nesta terça, após sua família pagar a dívida no valor de R$ 600.
Suellen Carvalho deixou a cadeia de Pinda no início da tarde. Ela está no nono mês de gestação. Nessa segunda-feira, ela teria sido chamada na delegacia de Taubaté. Ao chegar ao local, foi presa. O motivo: estaria devendo seis meses de pensão para o ex-marido, que tem a guarda da primeira filha dela, de 3 anos.
Suellen passou uma noite na cadeia de Pinda. O parto já tem data marcada, quinta-feira às oito da manhã. A experiência de ficar atrás das grades junto com Matheus não foi nada boa.
O caso chama a atenção. Como uma grávida, prestes a dar à luz, pode ir para a cadeia por não ter pago a pensão alimentícia? Mas perante à lei não há favorecimentos, ninguém tem preferência e gravidez não é doença. Por isso, se o juiz determinou é preciso cumprir a ordem judicial.
E também é necessário que se diga que quando o juiz decretou essa prisão, ele não teve em mente se há um direito ou um dever da mulher ou do marido, ou da ex-mulher ou do ex-marido, e sim daquela criança que está esperando por essa pensão alimentícia e que é fator, inclusive, da sua sobrevida", explica o presidente da OAB, Aluísio Nobre.
Segundo o presidente da OAB, como já existia uma ordem de prisão não tinha como ela não saber que deveria ajudar na criação da filha. "Horrível, ninguém merece ficar presa. Dependendo de mim, não quero nunca mais passar por isso. De um jeito ou de outro, vou ter que pagar! Querendo ou não agora”, explica Suellen.

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